O transporte de cargas se apresenta como uma das etapas mais essenciais das ações de qualquer tipo de empresa ligada à produção ou à distribuição de produtos.
A atividade figura como peça chave na cadeia econômica.
Diante disso, fica fácil de constatar o quanto a logística é importante. Com uma boa gestão de transporte de cargas o abastecimento adequado de estoques e matérias primas é garantido, bem como a entrega de itens comprados ou vendidos entre lugares distantes.
Porém, a realidade pode ser mais complexa do que o esperado. Nosso país tem características geográficas peculiares, com grandes distâncias a serem percorridas e diferentes regiões a serem abastecidas. Obras de infraestrutura são fundamentais nesse contexto. Embora hoje possamos observar uma série de problemas do gênero.
Para compreendermos as circunstâncias atuais e projetarmos perspectivas para o futuro, precisamos revisitar o passado. A publicação de hoje tem justamente essa tarefa como objetivo principal.
Vamos analisar a evolução do transporte de cargas no Brasil? Acompanhe a seguir!
O transporte de cargas ao longo da história do Brasil
Na colonização das Américas e do território que hoje corresponde ao Brasil, a ocupação se deu especialmente nas áreas litorâneas. De início, o alcance do interior foi lento.
Além do mais, o transporte de cargas era principalmente marítimo. Em terra firme, podia se contar somente com o uso de animais ou de meios de transporte tracionados por eles.
Aos poucos, rotas para a exploração do ouro se delinearam rumo ao continente. A pecuária e a agricultura também estavam entre as atividades econômicas principais. Mas foi com a construção das primeiras ferrovias que o nosso país começou a se conectar de fato.
Os caminhos para o escoamento da produção foram evoluindo desde então. Até que, por volta de 1920, surgiram os primeiros automóveis.
Nesses últimos 100 anos a ciência aprimorou a tecnologia dos veículos significativamente. Por consequência, a necessidade de rodovias se tornou cada vez mais crescente.
Dentre as medidas estatais que mais chamaram a atenção nesse sentido, está o projeto de governo do presidente Juscelino Kubitscheck. Ele preocupou-se em atender melhor as necessidades do interior, inclusive as de transporte.
Ao mudar a capital para o centro do país, JK tinha como objetivo interconectar as regiões. Assim, a malha viária chegou aos lugares mais distantes, facilitando o transporte de cargas. Embora haja o sucateamento de inúmeras rodovias, elas representam uma das maiores redes de estradas do mundo. Já são mais de 1.610.076 quilômetros!
Evolução tecnológica do transporte de cargas
As atividades econômicas brasileiras estão entre os motivos essenciais para a evolução do transporte de cargas. Afinal de contas, novas demandas exigem novos métodos de transporte.
Um dos melhores exemplos disso é o aprimoramento dos caminhões. Existem diferentes tipos para transportar produtos com necessidades diferentes: cegonha, refrigerado, tanque, graneleiro, porta-contêiner, entre outros.
Até mesmo a segurança da carga melhorou. O rastreamento via GPS é praticamente obrigatório hoje em dia. Em alguns casos, até mesmo batedores.
A produção nacional de veículos para transporte de cargas progride a passos lentos. Muitas tecnologias são importadas do exterior ao invés de serem desenvolvidas aqui, o que encarece o produto final. Contudo, percebem-se avanços enormes na parte de logística, o que acaba ajudando a lidar melhor com as dificuldades estruturais.
Nosso contexto atual
A trajetória do transporte de cargas culminou na realidade que temos hoje. Conhecer as características desse sistema é fundamental para a logística e para uma dimensão completa da atividade.
No Brasil, a matriz de transportes é composta por:
- Transporte rodoviário: o responsável pela maior parte da carga movimentada (60%). Ele não é o meio mais econômico, tendo em vista o custo do combustível, pedágios e segurança. Ainda assim, é o mais desenvolvido;
- Transporte ferroviário: movimenta cerca de 21% da carga no país. É utilizado especialmente para a circulação de materiais da indústria de base, tais como os minérios. Tem um custo mais baixo, mas a estrutura de ferrovias ainda é deficiente;
- Transporte aquaviário: movimento em torno de 14% das cargas brasileiras. É normalmente utilizado para escoamento de produções que têm como destino o exterior, sendo mais comum no litoral. O custo é baixo mas o tempo da entrega é mais demorado. Além disso, as hidrovias não recebem muitos investimentos também;
- Transporte aéreo: movimenta menos de 1% da carga. É um número baixo, o que se deve principalmente pelo custo elevado desse tipo de transporte. Em contrapartida, é o mais ágil de todos os tipos.
Tendências para o futuro do transporte de cargas
Basicamente, as tendências no transporte de cargas daqui para frente são:
- Aplicação contínua de novas tecnologias;
- Uso equilibrado de diferentes meios de transporte;
- Alinhamento de processos;
- Terceirização da logística.
- Esses quatro itens são cada vez mais estratégicos, seja para empresas B2B ou B2C. Eles vêm ganhando força e se tornando diferenciais competitivos. Vale a pena investir neles.
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