Governança Corporativa no Brasil: Tendências e Desafios para Empresas

A governança corporativa tem se tornado um pilar essencial para a sustentabilidade e o crescimento das empresas no Brasil. Em um cenário de crescente exigência por transparência, ética e responsabilidade socioambiental, as organizações precisam adotar boas práticas de governança para se manterem competitivas e conquistarem a confiança de investidores, clientes e da sociedade em geral.

Tendências Atuais em Governança Corporativa

  1. ESG como Padrão de Mercado: A integração de questões ambientais, sociais e de governança (ESG) nas estratégias empresariais se tornou uma tendência dominante. Investidores nacionais e internacionais estão cada vez mais atentos a indicadores ESG na hora de tomar decisões de investimento.
  2. Digitalização e Transparência: Ferramentas digitais têm facilitado a transparência de informações financeiras e não financeiras. Plataformas de divulgação de resultados, assembleias virtuais e relatórios online são exemplos de inovações que se consolidaram após a pandemia de COVID-19.
  3. Diversidade nas Lideranças: Empresas estão buscando ampliar a diversidade de gênero, raça e experiência nos conselhos de administração e nas equipes executivas, reconhecendo que a pluralidade impulsiona a inovação e melhora a tomada de decisão.
  4. Foco em Proteção de Dados: Com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as organizações passaram a ser responsabilizadas pela segurança das informações pessoais de seus clientes e colaboradores, incorporando a gestão de dados à agenda da governança.

Principais Desafios para Empresas Brasileiras

  1. Adequação Cultural: Muitas empresas ainda veem a governança como uma exigência regulatória, não como uma ferramenta estratégica. A mudança de mentalidade é crucial para que a governança seja efetivamente incorporada à cultura organizacional.
  2. Complexidade Regulatória: O ambiente regulatório brasileiro é complexo e dinâmico, exigindo das empresas constante atualização e capacidade de adaptação para cumprir as obrigações legais e normativas.
  3. Implementação de ESG na Prática: Transformar intenções em ações concretas de responsabilidade socioambiental é um desafio. Muitas organizações ainda estão no estágio inicial da integração efetiva de práticas ESG em seus modelos de negócio.
  4. Gestão de Riscos e Compliance: As empresas precisam desenvolver estruturas robustas de gerenciamento de riscos e compliance para mitigar possíveis impactos financeiros e reputacionais decorrentes de escândalos, fraudes ou não conformidades.

A governança corporativa no Brasil está evoluindo rápido, impulsionada por fatores internos e externos. Empresas que se antecipam às tendências, investem em boas práticas e enfrentam seus desafios com responsabilidade e visão de futuro tendem a ganhar destaque no mercado e a construir trajetórias mais sólidas e sustentáveis.

Adotar uma governança eficaz é, portanto, não apenas uma questão de conformidade, mas uma estratégia inteligente de valorização da marca, atração de investimentos e perenidade dos negócios.

Gestão de Riscos: Como Navegar em Tempos de Incerteza no Brasil

Em um cenário econômico e político marcado por volatilidade, mudanças regulatórias e desafios estruturais, as empresas brasileiras enfrentam diariamente incertezas que podem impactar seus resultados e sua sustentabilidade. A gestão de riscos surge, então, como um instrumento essencial para identificar, avaliar e mitigar ameaças, além de aproveitar oportunidades emergentes.

1. Por que a Gestão de Riscos é Fundamental

  1. Proteção do patrimônio e dos resultados: Ao antecipar possíveis eventos adversos — como oscilações cambiais, alterações tributárias ou crises setoriais — a organização reduz perdas financeiras e preserva seus ativos.
  2. Conformidade regulatória: No Brasil, o ambiente legal e fiscal é complexo e está em constante atualização. Um programa robusto de gestão de riscos ajuda a manter a empresa em dia com normas e a evitar multas.
  3. Melhoria da tomada de decisão: Com informações estruturadas sobre riscos, líderes podem avaliar cenários futuros de forma mais precisa, alocando recursos de maneira estratégica.
  4. Reputação e confiança: Investidores, clientes e parceiros valorizam organizações que demonstram controle e transparência na gestão de riscos.

2. Principais Tipos de Riscos no Contexto Brasileiro

Categoria Exemplos
Econômico-financeiro Volatilidade do câmbio; alta inflação; restrições de crédito.
Regulatório e legal Mudanças na legislação trabalhista; novas regras ambientais; litígios.
Operacional Quebras de processos; falhas em sistemas de TI; dependência de fornecedores.
Reputacional Crises de imagem; reclamações em redes sociais; recall de produtos.
Ambiental e social Desastres naturais; conflitos com comunidades; ESG.

3. Estruturas e Metodologias de Referência

  • ISO 31000: Fornece princípios e diretrizes para criar, implementar e melhorar continuamente a gestão de riscos.
  • COSO ERM: Framework que integra o gerenciamento de riscos à estratégia e ao desempenho organizacional.
  • Análise SWOT: Avalia forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, servindo de ponto de partida para identificar riscos.
  • Mapeamento de Cenários: Simula diferentes futuros possíveis para antecipar impactos e preparar planos de contingência.

4. Etapas para Implementar um Programa de Gestão de Riscos

  1. Estabelecer o contexto: Defina objetivos estratégicos, escopo e critérios de risco alinhados à realidade do negócio.
  2. Identificação de riscos: Utilize entrevistas, workshops e análises de dados para mapear ameaças e oportunidades.
  3. Análise e avaliação: Classifique cada risco em termos de probabilidade e impacto, priorizando aqueles que exigem ação imediata.
  4. Tratamento de riscos: Desenvolva planos de resposta — evitar, reduzir, transferir ou aceitar o risco — e atribua responsáveis.
  5. Monitoramento e comunicação: Acompanhe indicadores de risco, revise planos periodicamente e mantenha stakeholders informados.
  6. Melhoria contínua: Realize auditorias internas e lições aprendidas após incidentes para aprimorar o programa.

5. Ferramentas e Tecnologias de Apoio

  • Sistemas de GRC (Governança, Risco e Compliance): Plataformas integradas que centralizam o registro, o monitoramento e a análise de riscos.
  • Business Intelligence (BI): Dashboards e relatórios que fornecem visibilidade em tempo real dos indicadores de risco.
  • Automação e IA: Soluções que detectam padrões anômalos e geram alertas antecipados.

6. Estudos de Caso Brasileiros

  • Setor de Energia: Empresas que adotaram mapeamento de cenários para mitigar impactos de crises hídricas, ajustando mix de fontes e contratos de fornecimento.
  • Varejo: Redes que implantaram sistemas de BI para monitorar riscos de ruptura de estoque e oscilações na demanda, reduzindo perdas em até 20%.

7. Desafios e Boas Práticas

  • Cultura organizacional: É preciso engajar colaboradores de todos os níveis para que a gestão de riscos seja parte do dia a dia.
  • Alinhamento com a estratégia: Riscos devem ser tratados de forma integrada aos objetivos de longo prazo.
  • Transparência e reporte: Relatórios claros fortalecem a confiança de investidores e órgãos reguladores.

Em tempos de incerteza, a gestão de riscos não é apenas uma atividade de conformidade, mas um diferencial competitivo. No Brasil, onde as variáveis econômicas, legais e sociais podem mudar rapidamente, empresas que estruturam processos sólidos de identificação, análise e resposta a riscos estão mais preparadas para enfrentar crises e aproveitar oportunidades. Investir em cultura, metodologias reconhecidas e tecnologias de ponta é o caminho para navegar com segurança mesmo nos mares mais turbulentos.

Avaliando Riscos no Supply Chain: Técnicas para Garantir Resiliência

Em um mundo de constantes transformações e desafios globais, as cadeias de suprimentos enfrentam uma gama de riscos que podem impactar a produtividade, os custos e a satisfação do cliente. Identificar e mitigar esses riscos é essencial para garantir a resiliência do supply chain e, consequentemente, a continuidade dos negócios. Este artigo explora as principais técnicas para avaliar riscos no supply chain e como aplicá-las de forma eficaz.

1. Mapeamento do Supply Chain

Uma análise detalhada da cadeia de suprimentos é o primeiro passo para identificar pontos vulneráveis. O mapeamento deve incluir todos os fornecedores, distribuidores, parceiros logísticos e clientes, bem como as interconexões entre eles. Isso permite uma compreensão clara dos fluxos de materiais, informações e financeiros.

Benefício: Identificar gargalos e dependências excessivas em determinados fornecedores ou regiões.

2. Análise de Riscos Qualitativa e Quantitativa

A análise qualitativa avalia os riscos com base na experiência e conhecimento dos stakeholders, enquanto a quantitativa utiliza dados históricos e modelos matemáticos para medir o impacto financeiro e a probabilidade de ocorrência.

Ferramentas comuns:

  • Matriz de Riscos: Classifica os riscos em termos de probabilidade e impacto.
  • Modelagem de Cenários: Simula situações de risco, como interrupção no fornecimento ou aumento nos custos de transporte.

3. Monitoramento Contínuo

O monitoramento em tempo real das operações é fundamental para identificar sinais de alerta antes que um problema se torne crítico. Isso pode ser alcançado com sistemas de Business Intelligence (BI) e Internet das Coisas (IoT), que fornecem visibilidade e dados em tempo real.

Benefício: Reagir rapidamente a alterações na demanda ou interrupções na cadeia.

4. Diversificação de Fornecedores

Confiar excessivamente em um único fornecedor é um dos maiores riscos para a resiliência. Diversificar a base de fornecedores, incluindo opções locais e internacionais, reduz a dependência e minimiza o impacto de eventos adversos, como desastres naturais ou crises geopolíticas.

Estratégia adicional: Estabelecer parcerias estratégicas com fornecedores para garantir um relacionamento colaborativo e confiável.

5. Planejamento de Continuidade de Negócios (BCP)

O BCP (Business Continuity Planning) envolve a criação de planos de contingência para diferentes cenários de risco. Isso inclui:

  • Identificar processos críticos.
  • Desenvolver soluções alternativas, como estoques de segurança.
  • Realizar simulações e testes periódicos.

Benefício: Minimizar o tempo de inatividade e garantir a continuidade das operações mesmo em situações adversas.

6. Colaboração com Stakeholders

A comunicação aberta e a colaboração com fornecedores, distribuidores e clientes ajudam a criar um ecossistema resiliente. Compartilhar dados e informações sobre riscos permite que todas as partes envolvidas estejam melhor preparadas para enfrentar desafios.

Dica: Implementar contratos flexíveis que permitam ajustes rápidos às mudanças de mercado.

7. Investimento em Tecnologia e Inovação

A tecnologia é uma aliada poderosa na gestão de riscos. Soluções como blockchain, machine learning e análise preditiva podem melhorar a precisão e a velocidade na identificação de riscos.

Exemplo prático: Uso de blockchain para rastrear a origem e a movimentação de produtos, garantindo transparência e confiabilidade.

Garantir a resiliência do supply chain requer uma abordagem proativa e integrada, combinando mapeamento detalhado, análise de riscos, diversificação de fornecedores e investimento em tecnologia. Com essas técnicas, é possível mitigar os impactos de eventos inesperados e fortalecer a capacidade da organização de enfrentar desafios futuros.

Dados e Inovação: Como a Análise Avançada Impulsiona o Futuro do Supply Chain

Nos últimos anos, o campo do Supply Chain tem passado por uma revolução impulsionada pela análise avançada de dados. A capacidade de coletar, processar e interpretar grandes volumes de dados transformou não apenas a eficiência operacional, mas também a capacidade das empresas de prever e responder às demandas do mercado de maneira ágil e precisa.

A Importância dos Dados no Supply Chain Moderno

No cenário competitivo atual, as empresas enfrentam desafios significativos, desde flutuações na demanda do consumidor até interrupções na cadeia de suprimentos global. A análise de dados oferece uma vantagem estratégica crucial, permitindo que as organizações:

  • Previsão de Demanda: Utilizando modelos preditivos alimentados por dados históricos e em tempo real para antecipar mudanças na demanda do mercado.
  • Otimização de Inventário: Determinando os níveis ideais de estoque para minimizar custos sem comprometer a capacidade de atender à demanda.
  • Gestão de Riscos: Identificando e mitigando potenciais pontos fracos na cadeia de suprimentos antes que se tornem problemas críticos.
  • Eficiência Operacional: Melhorando a eficiência em todas as etapas do processo de supply chain, desde a produção até a entrega final ao consumidor.

A Evolução da Análise Avançada

A análise avançada vai além das técnicas tradicionais de relatórios e dashboards. Utiliza algoritmos complexos de machine learning e inteligência artificial para descobrir padrões ocultos nos dados, fornecendo insights profundos e perspicazes que orientam decisões estratégicas.

  • Machine Learning: Algoritmos de machine learning aplicados à previsão de demanda, detecção de anomalias e otimização de roteamento de transporte.
  • Big Data: Capacidade de processar grandes volumes de dados estruturados e não estruturados em tempo real, permitindo uma visão holística e em tempo real da cadeia de suprimentos.
  • IoT (Internet of Things): Sensores IoT incorporados a produtos e equipamentos permitem a coleta contínua de dados operacionais, melhorando a visibilidade e o controle sobre os ativos em toda a cadeia de suprimentos.

Estudos de Caso e Exemplos Práticos

Empresas líderes em diversos setores já estão colhendo os benefícios da análise avançada de dados no Supply Chain:

  • Amazon: Utiliza algoritmos de aprendizado de máquina para prever demandas de produtos e otimizar sua rede de distribuição global.
  • Walmart: Implementa análise preditiva para melhorar a precisão do inventário e evitar rupturas de estoque.
  • Procter & Gamble: Utiliza dados de IoT para monitorar o desempenho em tempo real de seus equipamentos de produção e logística.

À medida que o mundo empresarial se adapta a um ambiente cada vez mais digital e interconectado, a análise avançada de dados emerge como um catalisador essencial para a inovação no Supply Chain. Empresas que abraçam essa tecnologia não apenas melhoram sua eficiência operacional, mas também se posicionam de forma competitiva para atender às demandas dinâmicas e exigentes do mercado globalizado atual.

Adotar uma estratégia de análise avançada não é apenas uma escolha estratégica, mas uma necessidade para as organizações que desejam não apenas sobreviver, mas prosperar em um futuro cada vez mais orientado por dados.

Como o Strategic Sourcing Pode Transformar Sua Cadeia de Suprimentos

O Strategic Sourcing, ou sourcing estratégico, é uma abordagem essencial para otimizar e transformar a cadeia de suprimentos de uma empresa. Essa prática vai além da simples aquisição de produtos e serviços; ela envolve uma análise detalhada, planejamento cuidadoso e colaboração estratégica com fornecedores para alcançar vantagens competitivas significativas. Aqui estão alguns pontos-chave sobre como o Strategic Sourcing pode revolucionar sua cadeia de suprimentos:

1. Redução de Custos

Um dos principais benefícios do Strategic Sourcing é a redução de custos. Ao realizar uma análise minuciosa do mercado e das opções disponíveis, as empresas podem identificar oportunidades para negociar melhores preços, condições de pagamento e termos contratuais com seus fornecedores. Isso não apenas diminui os custos diretos de aquisição, mas também pode reduzir desperdícios e custos indiretos ao longo da cadeia de suprimentos.

2. Melhoria da Qualidade

Selecionar fornecedores com base em critérios rigorosos de qualidade é outro aspecto crucial do Strategic Sourcing. Ao estabelecer parcerias com fornecedores que compartilham o compromisso com a excelência e a inovação, as empresas podem melhorar consistentemente a qualidade dos produtos e serviços que oferecem aos clientes. Isso não só aumenta a satisfação do cliente, mas também fortalece a reputação da marca no mercado.

3. Gestão de Riscos

A gestão de riscos é uma preocupação crescente nas cadeias de suprimentos globais. O Strategic Sourcing permite que as empresas identifiquem e mitiguem proativamente riscos potenciais relacionados à qualidade, disponibilidade de matéria-prima, instabilidade política ou econômica, entre outros. Ao diversificar fornecedores e estabelecer planos de contingência, as empresas podem proteger suas operações contra interrupções significativas.

4. Inovação e Colaboração

Colaborar de forma estratégica com fornecedores pode abrir portas para a inovação. Ao envolver fornecedores desde o estágio inicial do desenvolvimento de produtos, as empresas podem aproveitar o conhecimento especializado e as capacidades técnicas dos fornecedores para impulsionar a inovação. Isso não só acelera o tempo de chegada ao mercado, mas também permite que as empresas ofereçam produtos e serviços mais alinhados com as demandas e expectativas do mercado.

5. Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa

Cada vez mais, as empresas são pressionadas a adotar práticas sustentáveis e responsáveis socialmente em suas operações. O Strategic Sourcing permite que as empresas avaliem e selecionem fornecedores que compartilhem esses valores. Ao integrar critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) na seleção de fornecedores, as empresas podem fortalecer sua reputação sustentável e reduzir seu impacto ambiental ao longo da cadeia de suprimentos.

Em resumo, o Strategic Sourcing não é apenas uma prática de aquisição avançada; é uma abordagem estratégica para transformar e otimizar a cadeia de suprimentos de uma empresa. Ao priorizar a redução de custos, melhoria da qualidade, gestão de riscos, inovação e sustentabilidade, as empresas podem não apenas fortalecer sua posição competitiva, mas também promover um crescimento sustentável a longo prazo. Implementar o Strategic Sourcing requer compromisso, análise contínua e colaboração eficaz com todos os stakeholders envolvidos na cadeia de suprimentos.

Desafios e Oportunidades na Gestão de Fornecedores

A gestão de fornecedores é uma área crítica para o sucesso de qualquer organização. Envolve a coordenação de atividades entre a empresa e seus fornecedores, visando garantir a disponibilidade de materiais e serviços necessários para a produção e operação. Uma gestão eficaz pode proporcionar vantagens competitivas significativas, mas também apresenta uma série de desafios que precisam ser abordados com cuidado e estratégia. Este artigo explora os principais desafios e oportunidades na gestão de fornecedores, destacando as práticas recomendadas para otimizar essa importante função empresarial.

Desafios na Gestão de Fornecedores

  • 1. Seleção e Avaliação de Fornecedores
    Um dos maiores desafios é a seleção e avaliação contínua de fornecedores. Escolher o parceiro certo é crucial, pois a qualidade dos produtos e serviços recebidos impacta diretamente a qualidade final oferecida pela empresa. O processo de avaliação deve ser criterioso, considerando não apenas o preço, mas também a qualidade, a capacidade de entrega, a estabilidade financeira e a conformidade com normas e regulamentos.
  • 2. Gestão de Riscos
    A gestão de riscos é essencial para mitigar problemas como falhas na entrega, variações na qualidade e interrupções na cadeia de suprimentos. Os riscos podem ser provenientes de desastres naturais, instabilidade política, problemas financeiros do fornecedor ou falhas técnicas. Empresas precisam desenvolver planos de contingência e estratégias de mitigação de riscos para garantir a continuidade dos negócios.
  • 3. Comunicação e Transparência
    Manter uma comunicação eficaz e transparente com os fornecedores é um desafio constante. A falta de comunicação pode levar a mal-entendidos, atrasos e falhas na entrega. É essencial estabelecer canais de comunicação claros e regulares, bem como sistemas de monitoramento e feedback para garantir que todos estejam alinhados e informados sobre as expectativas e requisitos.
  • 4. Sustentabilidade e Responsabilidade Social
    A crescente demanda por práticas sustentáveis e responsabilidade social impõe novos desafios à gestão de fornecedores. As empresas devem garantir que seus fornecedores aderem a padrões éticos e ambientais rigorosos. Isso pode envolver auditorias regulares, a implementação de códigos de conduta e a colaboração com fornecedores para promover práticas mais sustentáveis.
  • 5. Integração Tecnológica
    A integração de tecnologias avançadas, como sistemas de gestão da cadeia de suprimentos (SCM), internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA), pode ser desafiadora, especialmente para pequenas e médias empresas. A adoção dessas tecnologias requer investimento e treinamento, mas é crucial para melhorar a eficiência, a precisão e a transparência na gestão de fornecedores.

Oportunidades na Gestão de Fornecedores

  • 1. Parcerias Estratégicas
    Transformar relações transacionais em parcerias estratégicas pode criar valor significativo para ambas as partes. Colaborações estreitas com fornecedores podem resultar em inovações conjuntas, melhoria contínua de produtos e processos, e desenvolvimento de soluções personalizadas que atendam melhor às necessidades do mercado.
  • 2. Automação e Digitalização
    A automação e digitalização dos processos de gestão de fornecedores oferecem oportunidades substanciais para aumentar a eficiência e reduzir custos. Ferramentas como contratos eletrônicos, portais de fornecedores e sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) permitem uma gestão mais ágil e integrada, facilitando o monitoramento e a análise de desempenho em tempo real.
  • 3. Melhoria Contínua e Inovação
    Encorajar a melhoria contínua e a inovação entre fornecedores pode resultar em produtos e serviços de maior qualidade e eficiência. Programas de desenvolvimento de fornecedores, como treinamentos e workshops, podem ajudar a alinhar as capacidades dos fornecedores com as necessidades da empresa, promovendo uma cultura de inovação.
  • 4. Sustentabilidade como Diferencial Competitivo
    Adotar práticas sustentáveis na gestão de fornecedores pode se tornar um diferencial competitivo. Empresas que priorizam a sustentabilidade tendem a atrair consumidores conscientes e podem se beneficiar de incentivos governamentais. Além disso, práticas sustentáveis podem resultar em economias de longo prazo, por meio da redução de desperdícios e melhoria da eficiência energética.
  • 5. Análise de Dados e Inteligência Artificial
    O uso de análise de dados e inteligência artificial na gestão de fornecedores permite uma abordagem mais proativa e preditiva. A análise de grandes volumes de dados pode identificar padrões e tendências, ajudando a antecipar problemas e oportunidades. A IA pode ser utilizada para otimizar processos, prever demandas e melhorar a tomada de decisões.

A gestão de fornecedores é uma área complexa e desafiadora, mas cheia de oportunidades para as empresas que conseguem navegar suas complexidades de maneira eficaz. Ao abordar os desafios com estratégias bem definidas e aproveitar as oportunidades oferecidas por novas tecnologias e práticas de sustentabilidade, as empresas podem fortalecer suas cadeias de suprimentos, aumentar sua competitividade e promover um crescimento sustentável. Investir na gestão de fornecedores não é apenas uma necessidade operacional, mas uma estratégia essencial para o sucesso a longo prazo.

Gestão de Incertezas x Gestão de Riscos

A gestão de incertezas e de riscos envolve o monitoramento de processos produtivos em uma determinada organização de interesse público ou privado. Principalmente, nas empresas, essas ferramentas precisam ser adotadas para reduzir perdas e desvios de insumos de trabalho e evitar a redução da qualidade do trabalho.

Sabemos que o planejamento é o caminho mais eficaz para gerenciar melhor os riscos e as incertezas, o processo do planejamento é essencial para que o gerente de projetos da corporação visualize as metas e o ponto futuro da empresa.

Enquanto que a incerteza pode estar ligada à dúvida ou insegurança para tomar novas decisões, o risco está diretamente ligado ao fracasso ou sucesso do projeto da empresa.

Gestão de incertezas

A capacidade de controle de inseguranças ou ameaças aos procedimentos da empresa é preponderante para a empresa alcançar os seus objetivos.

Inicialmente, um bom projeto precisa ser executado de forma profissional por profissionais capacitados que possam superar problemas e casualidades para não comprometer todo o planejamento.

A gestão de riscos busca medir as ameaças e a ausência de controle causada por falta de informação direcionada para determinado tipo de projeto ou tarefa.

Porém, no desenvolvimento da análise o risco pode ser prejudicial quando ligado a uma ameaça, ou ser benéfico quando está atrelado a uma oportunidade. No caso de uma oportunidade de mercado, valerá a pena investir e correr determinados riscos.

O controle atrelado à incerteza está ligado também à ausência de informação, de conhecimento prévio sobre determinadas ações, processo de decisão ou evento.

Ambos estão relacionados, pois a incerteza pode gerar riscos negativos e indesejáveis.

O que fazer?

É fundamental que a empresa selecione ações para reduzir os riscos, evitando o surgimento de ameaças para o desenvolvimento de projetos e processos decisórios.

O principal objetivo da empresa deverá ser elevar as taxas de sucesso, gerenciando cada fator e informação de maneira antecipada e previsível.

O desenvolvimento do projetos

Ressaltamos que os riscos estão sempre ligados aos projetos, incluindo os custos e tempo de realização para a concretização de cada tipo de projeto, incluindo atrasos de cronogramas e elevação dos custos.

A empresa precisa criar um planejamento eficaz estudando qual risco é ameaçador e qual será mais benéfico para determinado nível de atitude e ação corporativa.

Método da análise de risco

Esse método é bastante eficiente para analisar a incerteza e o provável risco que cerca a corporação. Esse tipo de análise é um excelente método que ajuda na criação e desenvolvimento de plano de respostas de riscos, incluindo ações de prevenção, processo de aceitação, transferência, exploração e mitigação de atos.

As melhores oportunidades

A empresa precisa buscar as melhores oportunidades de geração de lucro, ao invés de cair em ambientes arriscados para a sua atuação de mercado e método organizacional.

Conclusão

Neste artigo, apresentamos os principais conceitos desse formato de gestão aplicável às empresas e instituições de interesse público e privado, de forma a reduzir inconformidades e ameaças para a empresa de forma a otimizar os resultados da corporação.

Leita também:

Incertezas da Gestão de Riscos

Por Andrei Maturano* via Linkedin

E agora? Como vamos nos proteger de tantas incertezas?

Cerca de 6 anos atrás, na posição de líder de compras da organização onde trabalhava, participei da implementação do programa corporativo ADVANCED S&OP.

Suprimentos tinha a responsabilidade de monitorar , mensalmente, os fornecedores com maior risco de impacto para o negócio e gerar indicadores de desempenho. O processo proposto era eficiente, mas não tão eficaz como poderia ser...

Noto, no momento pandemia, que as companhias precisam de uma gestão de riscos flexível e dinâmica para navegarem em um cenário imprevisível. Percebo graus muito diferentes de maturidade desse processo dentro das companhias e, por isso, não existe uma única abordagem que possa ser aplicada a todas.

Baseado em experiências recentes posso afirmar que o processo Supplier Risk Management deve ser prioridade nas organizações, independentemente do seu tamanho.

4 dicas que dou aos meus clientes:

  1. Defina um grupo multifuncional com pessoas capazes de desenvolver o projeto;
  2. Crie uma nova cultura organizacional com novos hábitos e planos de longo prazo que garantam a sustentabilidade do negócio;
  3. Treine todas as funções envolvidas no processo;
  4. Se o seu orçamento for curto planeje investir em soluções digitais para ganhar agilidade.

Você acrescentaria outra dica? Qual?

*ANDREI MATURANO

Executivo de Suprimentos | Fundador da Deverhum e da Integralis | Palestrante | Mentor | Influenciador de Comportamentos e Mindsets

@andreimaturano

Gestão de Riscos na Base de Fornecimento pós Covid-19

A gestão de riscos é uma das iniciativas mais essenciais em período de pandemia e de pós-pandemia.

Seja para elevar a segurança sanitária de funcionários e clientes ou para proteger a empresa de possíveis erros, é fundamental que exista um projeto abrangente.

Sabemos que a realização desse tipo de controle se tornou bastante relevante em diferentes empresas. Mesmo em períodos antes da pandemia do novo coronavírus, muitas empresas já estavam implementando novos projetos de proteção visando os impactos da automação e da inserção da inteligência artificial.

Por outro lado, durante o ano de 2020, a adição do trabalho remoto realizado em processo de home office reduziu o controle das empresas sobre os seus colaboradores.

A Gestão de Riscos Pós-Pandemia

Sabemos que toda essa situação pandêmica irá passar e o dia a dia normal voltará aos poucos a ser realizado na convivência social e na produção econômica de pessoas e empresas.

Será necessário que empresas de diferentes segmentos de mercados, de atuação logística e mercadológica revisem seus projetos de controle e de aplicação de projetos de controle de qualidade e de segurança.

Se antes da pandemia muitas empresas estavam revisando suas normas de condutas técnicas e produtivas para reduzir o nível de erros e inconformidades, essa missão se tornará obrigatória a partir do ciclo 2021 e 2022 com a projeção de término do estado de pandemia nas principais economias do mundo.

Foco

As empresas que, no momento, estão atuando parcialmente ou integralmente em home office não podem perder o foco em seus objetivos.

No decorrer da pandemia, percebemos que é crescente a quantidade de empresas que estão perdidas sem saber por onde recomeçar em seus mercados pelo simples fato de ainda não compreenderem os novos comportamentos dos consumidores e das empresas parceiras de negócios.

Para o mercado, o que será o “novo normal”? Quem será o “novo consumidor''? Quais práticas se tornarão essenciais para o dimensionamento de novos micro mercados orientados pelas novas práticas do mercado remoto e da compra online?

Por outro lado, será crescente a preocupação das pessoas com as questões de segurança sanitária e de qualidade que gostarão de encontrar nos produtos e nos serviços disponibilizados pelas marcas e empresas.

Novos cenários

Considerando os novos comportamentos e tipos de demandas que já estão surgindo, controles erros e regularizar os ritmos produtivos de uma empresa se tornará mais desafiador nos próximos anos.

O mercado mundial

Além das adaptações necessárias nas empresas brasileiras, considerando o mercado internacional, diferentes indústrias foram afetadas com os impactos da pandemia, incluindo segmentos de consumo chave como automóvel, viagens, bens de consumo e eletrônica.

No decorrer do ano de 2020, na Coreia do Sul, uma grande fabricante de automóveis precisou fechar sete fábricas devido à incapacidade de seus fornecedores de entregarem as peças essenciais para a linha de produção.

Portanto, para desenvolver novas normas de controle para manter a produção, a qualidade e a segurança visando reduzir erros e desperdícios, é fundamental revisar e reforçar as normas e as pesquisas de prevenção.

Leia também: Perspectivas do setor Logístico pós-pandemia

4 dicas de gestão de riscos em operações logísticas

A gestão de riscos está ligada a um conjunto de métodos e ações que determina o grau de planejamento e redução de perdas nas empresas no setor logístico.

Sabemos que a logística é uma das áreas estratégicas de uma empresa que pode ajudar a otimizar os recursos e os resultados da corporação no mercado.

Normalmente, podem ocorrer imprevistos e desvios de padrão produtivo em diversas etapas do processo produtivo, gerando a necessidade de avaliação e monitoramento de possíveis riscos.

A aplicação desse procedimento também permite identificar gargalos que poderão colocar em risco toda a operação.

Além de buscar por melhores resultados, as empresas são desafiadas para atender à legislação, às normas de organização de carga para o transporte e organizar orientações para as equipes de trabalho.

Esse tipo de controle requer domínio de diferentes áreas de conhecimento e o envolvimento de todos da empresa.

A gestão de riscos na logística

Ao compreender a necessidade da aplicação gestora sobre os recursos da empresa para as operações logísticas é importante saber aplicar as ferramentas e implementar ações de orientação e correção.

Dessa forma, a empresa conseguirá evitar problemas, retrabalho e atrasos nos cronogramas de entrega e cumprimento de prazos de produção.

Dicas preciosas

A seguir apresentamos dicas preciosas que podem ser aplicadas no gerenciamento logístico de empresas de diferentes portes e atuação:

1 – Identificação de riscos

Um dos primeiros passos é identificar os riscos. Conforme a ocorrência podem aparecer problemas maiores ou menores, sendo fundamental que os gestores busquem importante identificar exatamente quais os erros e desvios que envolvem a empresa e a equipe.

No contexto do transporte, o desgaste dos veículos, a aplicação de multas sobre as atitudes do motorista e a perda do prazo da entrega poderão ser fatores que podem gerar gargalos na empresa.

2 – Análise de riscos

Depois da primeira etapa de processo de identificação de riscos, o segundo passo trata-se da mensuração de cada tipo de risco, nesta segunda etapa é possível verificar e aplicação classificação de grau de risco que poderá impactar na estabilidade operacional da empresa.

É importante definir ações e reduzir os riscos ao máximo, podendo também controles os efeitos de cada situação.

3 – Tratamento das falhas

Outra dica relacionada às principais etapas exige atenção sobre o processo de identificação de falhas e planejamento de estratégias efetivas que ajudem a minimizar os problemas e gargalos.

Detalhes como as condições dos veículos da frota, formação e treinamento dos condutores e reciclagem através de treinamento podem ajudar a superar determinados tipos de falhas.

4 – A tecnologia certa

É muito importante que a empresa selecionar a tecnologia certa para gerenciar os riscos que a empresa poderá enfrentar no seu cotidiano.

A partir do momento que a empresa já possui a solução, é importante aplicar o uso de softwares, sistemas e equipamentos que de fato simplifiquem processos e resolvam os gargalos.

Portanto, para a organização e aplicação de gestão de riscos eficaz, é necessário uma organização efetiva dos processos da empresa com planejamento detalhado sobre as operações produtivas e logística.

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