Tendências do Supply Chain para 2022

Considerando as tendências do Supply Chain, podemos analisar que até o final do ano de 2022 trabalhamos com a possível elevação das vendas de produtos e serviços online na América Latina e em todo o mundo.

Podemos estimar que cerca de 200 milhões de pessoas somente na América Latina farão algum tipo de compra através do e-commerce, podendo esse número saltar para 1,2 bilhão de pessoas considerando os consumidores conectados no mundo inteiro.

Mesmo se tratando de números positivos para as previsões futuras do mercado, devemos lembrar que boa parte das empresas, principalmente, as corporações que estão entrando nesse novo mercado, ainda não apresentam uma cadeia de suprimentos eficiente para atender novas demandas de consumo, carecendo de aplicação tecnológica disruptiva para fortalecimento de seu intenso ritmo de vendas e de entrega de pedidos.

Tendências do Supply Chain

Considerando os novos ambientes de negócios, as empresas necessitam cada vez mais de fortalecer suas cadeias de suprimentos, implantando políticas e estratégias de ação mais resilientes e com maior nível de capacidade de resposta.

Investimento estratégico

Ao observar que a tendência visa crescer junto com o aumento da demanda de mercado, torna-se essencial profissionalizar ainda mais as etapas de automação da cadeia, com a adição de sistemas de registros mais consolidados.

Outro fator que caminha em direção ao crescimento de mercado é a implantação da inteligência artificial nos processos de atendimento, identificação de falhas e melhoria nos processos de entregas.

​O que fazer?

Para acelerar a adoção de processos de adaptação e viabilização da empresa neste crescente mercado, as empresas e negócios iniciantes precisam procurar reduzir os custos operacionais excessivos, evitar perda de estoque, melhorar a tomada de decisões, gerar padrões de atendimento e de organização operacional, estimular a produtividade qualitativa e incentivar cada vez mais a integração de processos interno nos setores logísticos.

Novas tendências

Dentre as principais possibilidade que surgirão no segmento do supply chain ou cadeia de suprimentos, podemos citar:

IoT

Em breve, principalmente com a chegada da conexão 5G teremos o avanço da internet das coisas ou IoT (Internet of Things). Segundo pesquisas recentes realizadas nos EUA, mais de 95% das corporações que implementarem essa tecnologia poderão expandir seus negócios ainda mais.

Blockchain

Esse método se refere a um tipo de banco de dados que utiliza a descentralização como forma de segurança para acesso de dados e para alteração de modificações.

Esse processo ajudará a acelerar processos de registros e de geração de protocolos para clientes e fornecedores.

Robótica

Outra tecnologia que se tornará cada vez mais acessível para acelerar os trabalhos de seleção e entrega de produtos é a robótica. Qualquer empresa poderá ter robôs e drones robotizados para acelerar a busca e coleta de produtos, podendo ainda manter a realização de entregas em pontos remotos.

Conclusão

Portanto, com o aumento da demanda de consumo no meio digital e com a implementação de novas tecnologias poderemos enxergar um salto quântico na qualidade e no processo de qualificação do processo de entrega na cadeia de suprimento visando sempre gerar valor para a empresa e para o cliente.

Blockchain e Bitcoin: vantagens para o setor de logística

Mesmo com a popularização das criptomoedas, mais especificamente o Bitcoin, esta tecnologia ainda tem deixado muitas dúvidas.

Por exemplo: as transações com essas moedas virtuais são tão confiáveis quanto as transações convencionais?

Apesar da evolução de quase uma década das moedas digitais, foi apenas no final de 2017, que grandes instituições financeiras, como bancos e fundos investidores, começaram a usar as criptomoedas, o que ocasionou a bolha que vimos noticiada em todos os lugares.

Mas foi esse grande boom em dezembro de 2017 que começou a despertar a atenção do mundo todo para as moedas virtuais.

De fato, as transações com criptomoedas são menos arriscadas que transações convencionais, já que acontecem diretamente, e você mesmo detém a custódia do seu dinheiro.

O grande problema de fraude acontece quando a transação envolve corretoras de moedas digitais, utilizadas para fazer a custódia das criptomoedas. Cada corretora define a melhor segurança da tecnologia, sendo as equipes de desenvolvimento as responsáveis por proteger o sistema e guardá-los de ataques hackers.

As criptomoedas partem do pressuposto de uma economia descentralizada (mas ainda não regulamentada), sem a figura de um Banco Central. Qualquer problema enfrentado em relação a invasão de sistema, será uma perda do próprio investidor ou comprador.

Como você avalia a evolução das criptomoedas?

Hoje, passado o grande boom do Bitcoin, as criptomoedas estão estabilizando, o que possibilita que outras grandes empresas entrem no negócio de forma mais sustentável. Além disso, já estão sendo discutidas em muitos países leis para regulamentação dessas moedas. Isso facilita ainda mais a entrada das grandes corporações. Assim, espera-se que quando essas empresas e investidores entrarem, aconteça um novo crescimento, mas dessa vez muito mais controlado.

Veja também: Tudo o que você precisa saber para ganhar bitcoins.

Quais são os países que mais utilizam as criptomoedas?

De todas as transações mundiais, quase metade é feita na Ásia, sendo o maior uso no Japão.

Os Estados Unidos detêm apenas um quarto do uso das criptomoedas.

O Brasil ainda está bem atrás no uso da tecnologia: junto com outros países, faz parte dos 25% restantes do total.

Entenda o que é blockchain

Blockchain consiste em um banco de dados que implementa a descentralização de informações compartilhadas, registrando transações verificáveis e imutáveis, e que começou a ganhar visibilidade com as criptomoedas. E vista como o futuro de todos os processos.

Essa ferramenta traz mais confiança à segurança de dados, uma vez que não é possível alterá-los sem que haja a confirmação e a autorização de todas as partes envolvidas no processo. Isso sem contar que estão disponíveis para todos que tenham acesso, dificultando ainda mais ataques e fraudes.

Vantagens do blockchain na Logística

Além de reduzir custos e facilitar o acesso às informações em rede, o blockchain torna os processos mais ágeis, confiáveis, transparentes e seguros.

Veja outras vantagens do investimento em blockchain na gestão logística:

  • redução de custos, por ser um sistema autossuficiente, sem dependência de um servidor central;
  • possibilita verificar a origem e a autenticidade dos suprimentos que fazem parte de cada momento da cadeia de suprimentos;
  • melhora a transparência e autonomia nas transações;
  • redução de riscos com fraudes, uma vez que, com as informações de identificação em uma estrutura de blockchain, apenas os participantes da rede têm permissão para validar cada etapa da transação;
  • acesso a todos os detalhes do transporte e variáveis envolvidas, de modo mais confiável e justo, além da visibilidade a qualquer participante da rede;
  • rastreamento de transportes e monitoramento relativos à segurança dos produtos e dos funcionários, o que permite a integridade das mercadorias e a rápida notificação de situações circunstanciais envolvendo os caminhões, como acidentes ou roubos.

Diante de tantos benefícios, acredita-se, portanto, que a aplicação dessa tecnologia poderá ser dominante no setor em torno de 5 a 10 anos, regulamentando e automatizando todos os seus processos no futuro.

Quer entender mais sobre Blockchain? Temos outros artigos no blog sobre o assunto:

Blockchain pode reduzir custos com estoques?

A máxima na gestão de estoques ensina que “formar estoques é um mal necessário”.

O excesso é danoso ao negócio, mas se faltar a coisa fica bem pior.

A necessidade de se formar estoques de mercadorias ou matérias primas se dá pelas incertezas geradas na cadeia de suprimentos, onde estes são usados para garantir a execução das etapas produtivas e/ou do consumo da cadeia caso o fornecimento planejado venha a falhar. Há outras decisões de negócio que colaboram para formação de estoques ligadas à lançamentos de novos produtos, ofertas programadas, gestão de preços e especulação. Mas quando a gestão falha ou a estratégia não funciona, surgem custos indesejados, impactos negativos na margem e/ou até perda de vendas.

Os sistemas e tecnologias de planejamento de demanda, gestão de estoques e planejamento da produção tentam há decadas evitar os excessos e faltas, fazendo uso de modelos estatísticos e equações complexas. Nesse contexto, um importante fator levado em conta nas formulações de demanda é o chamado “forecast error” ou “erro de previsão de vendas”, que tenta traduzir o percentual de incerteza que existe no processo de venda.

Outros fatores ligados aos tempos gastos na reposição (preparação e aprovação de pedidos, trânsito físico das mercadorias, manipulação nos centros de distribuição, burocracias fiscais e alfandegárias) quando multiplicados pela demanda diária prevista e somadas ao estoque de segurança, projetam o estoque de cobertura, necessário para a operação regular da cadeia de suprimentos. Assim, quanto menor for a confiança e conhecimento que se tem das partes envolvidas e da operação, maior será a proteção colocada em forma de estoques.
Blockchain propõe aumentar a confiança e conhecimento sobre a operação de ponta-a-ponta, trazendo ampla participação com mais qualidade e sincronização das informações, maior agilidade para mudanças, maior confiança e menos riscos. Menos incerteza traz como resultado menos estoque.

Para que o modelo de negócio utilizando Blockchain realmente funcione serão necessárias algumas condições:

Primeiro: #todosvencemjuntos

O engajamento da empresa-cliente/consumidor, com seus fornecedores, parceiros financeiros e logísticos, bem como entidades governamentais, de certificação de qualidade, de operação de TI, Provedores de Redes de EDI, etc; colaboram para que cada transação tenha o nivel de exatidão e comprometimento esperado pelas partes. Pelo Blockchain todos “falam a verdade” em cada transação ou “bloco” e essa verdade é única e conhecida por todos, que só têm a ganhar nesse processo. Se a estratégia não considerar essa premissa, não há como aproveitar o Blockchain de forma efetiva.

Esse engajamento não é apenas “burocrático” entre as empresas, mas sim uma transformação deve ser implementada nos processos de negócios das empresas e abraçado por todos os departamentos da cada uma delas, que se falam diretamente e sem intermediários pelos “blocos” do Blockchain – financeiro com financeiro, bancos com compras, logistica com transportador, vendas com logistica, logistica com produção; etc.

A confiança entre as pessoas das empresas é a chave para o sucesso do Blockchain, e o Blockchain em si é a garantia de que todas falam a verdade, seja ela boa ou ruim para o negócio. Em situações de crise ou erros (e é verdade que eles vão acontecer), a confiança mútua cria condições ideais para resolver problemas com menores perdas para todos.

Segundo: Verdade só tem uma

Uma transação reproduz um acordo feito pelas partes, e só deve ser modificada com o consenso das demais, ou pelo menos das partes sensíveis. E se modificada, deve ser conhecida e aceita por todos os envolvidos, o mais breve possível, e já que estamos na era digital, em tempo real.

Grande parcela de falhas na cadeia logística ocorrem por falha na comunicação de cadastros de clientes e produtos, ora desatualizados, incorretos ou inexistentes. Isso é causado em geral pela complexidade dos sistemas de gestão empresarial adotados pelas empresas (“ERPs”), pela falta de integração desses sistemas com as demais ferramentas e aplicações que complementam as funções não realizadas pelo ERP e ainda com os outros parceiros da cadeia logística. O despreparo das pessoas na sua operação contribuem para o caos que vemos hoje em várias organizações e nos processos de negócio.

Apesar dos esforços de entidades de classe para catalogar códigos de produtos (ex. EAN, UPC) e criar mecanismos de intercâmbio de dados (ex. EDI) as falhas ocorrem pois cada empresa opera do seu modo, usa sistemas, adotam políticas e controles próprios, onde a tradução dessas informações entre as empresas quando existem nem sempre funcionam direito.

Muitas das causas de ruptura de estoques em centros de distribuição e almoxarifados industriais ocorrem por conta de pedidos colocados no fornecedor que simplesmente não chegam, pois o pedido estava parado, pois tinha um dos itens “bloqueado ou cancelado” e pela regra comercial o pedido não poderia ser atendido parcialmente. E ninguem avisou!

Blockchain permite a criação de “contratos padronizados”, que todos adotam e atualizam mantendo neles uma base de cadastros única. Assim, se a empresa responsável pelo fornecimento de um produto promove uma mudança de especificação ou coloca o produto num processo de descontinuação em seu sistema, o bloco de dados no Blockchain irá imediatamente refletir isso, todas as partes ficam sabendo e regras de negócio pré-programadas podem atuar alertando de forma automática eventuais trocas de produto e ajustes nas transações a ele associadas. Esse mesmo conceito se aplica a preços, dados logísticos, status de entrega, ocorrências em processos produtivos, entraves burocráticos, fiscais e juridicos.

Blockchain obviamente irá preservar “segredos” comerciais entre as partes envolvidas, fruto de negociações, práticas de concorrência e acordos que dizem respeito a dois ou mais parceiros, sem afetar os demais e as práticas de transparência na rede.

Terceiro: Dinheiro na mão, mercadoria no chão.

Uma mercadoria em geral se movimenta fisicamente dentro da cadeia de suprimentos tão rápida e eficientemente tanto quanto a informação e o dinheiro à ela associados. Em outras palavras, se um fornecedor recebe um pedido firme do cliente, com a garantia de receber o pagamento tão logo a mercadoria chegue no destino, ele fará de tudo para que isso ocorra o mais rápido e correto possível. Numa situação inversa, se a empresa pagadora não tem informação que o produto encomendado chegará na data combinada e o histórico mostra alguma ineficiência, ela não irá se comprometer em pagar na data combinada, e isso em geral é colocado como “prazo” de proteção, encarecendo o custo da operação e provocando atrasos aceitos naturalmente pelos operadores. O banco terá que esperar o “ok” definitivo para processar o pagamento e eventuais adiantamentos ou descontos de duplicatas acabam custando bem mais do que o permissível.

Pedidos bloqueados por crédito são uma das causas mais comuns de atraso no despacho de mercadorias, que estão prontas para embarque, mas que não seguem pela falta de garantias.

O Blockchain dá visibilidade e sincronicidade para a transação, onde cada bloco mostra as etapas do fluxo acontecendo em tempo “real” e em todos os seus aspectos e mudanças que venham a ocorrer, sejam do produto e qualidade, comerciais, financeiros, documentais, logisticos e jurídicos.

Desafios da adoção e Benefícios

No curto prazo, a padronização e sincronização das etapas da cadeia logística promovidas pelo Blockchain integrado aos Sistemas de Gestão das Empresas tem tornado a tomada de decisão bem mais rápida e acertada, encorajando mais e mais empresas a buscar mais agilidade e coragem para se transformar.

Contudo, o resultado prático nos níveis de estoques não são fáceis de se verificar, pois as empresas carecem de processos, regras e ferramentas adequadas de planejamento e gestão de demanda e de estoques que sejam capazes de separar com exatidão o que foi fruto de uma “evento isolado” de compras ou foi devido à reparametrização dinâmica de sistemas de reposição modificados com dados e usos do Blockchain.

No médio e longo prazos (que ainda está por vir) os benefícios serão notados pela qualidade medida nos níveis de serviços, refletidos na maior qualidade no cadastro, no cumprimento de prazos, menor nível de cancelamentos de pedidos, menores índices de desvio das previsão de vendas, menos rupturas e consequentemente menos estoques.

Por Paulo Eduardo Corazza

Blockchain aposentará os sistemas atuais?

Blockchain é considerada por especialistas como um “tsunami” que irá permear (ou inundar mesmo!) os negócios daqui por diante até se tornar indiscutível e presente em todas as etapas da cadeia de valor.

Essa onda deverá provocar muitas mudanças nos processos e sistemas atuais.

Falando de Supply Chain, a adoção do Blockchain nesse escopo está num estágio inicial com vários casos implantados, já faz parte da agenda de muitos executivos, fornecedores e técnicos.  Contudo, como toda nova tecnologia ou conceito, ainda recebe críticas de sua real capacidade, leva tempo para ser entendido em termos de funcionamento, benefícios e riscos, ser testado, adotado e implementado; ou eventualmente não servir.

Quem viveu a época do Código de Barras, na década de 90 no Brasil, viu que só decolou depois que as grandes redes de varejo resolveram adotá-la, impondo a capacitação aos fornecedores locais para continuar no negócio.  Creio que com Blockchain ocorrerá o mesmo. Demora, mas chega!

Mas o que fazer com os Sistemas Atuais?

Não se pretende aqui declarar a simples aposentadoria dos sistemas legados, mas sim pensar numa cadeia logística mais eficiente com Blockchain potencializando o atual poder dos atuais sistemas já consolidados, integrando-os através de APIs ou Application Program Interfaces, capazes de compartilhar as informações essenciais entre os os sistemas, transformando os processos e executando as tarefas que requerem compartilhamento numa nova rede distribuída e certificada.

Blockchain neste contexto deverá inicialmente ocupar 2 espaços importantes na cadeia de suprimentos, dentre tantos “use cases” já identificados. O primeiro é o dar maior visibilidade aos processos e o segundo é da integração plena, temas que até hoje carecem de soluções 100% confiáveis e completas.   São passos importantes para se ter um Control Tower Powered by Blockchain. Atualmente os sistemas que tentam cumprir essa função de pertencem a empresas que são “partes” da cadeia e buscam entregar a sua parte da melhor forma possível.  

Os Sistemas de Informação como os conhecemos, com ERP´s, Soluções de SCM, EDI e mais recentemente os aplicativos móveis cumprem bem uma parcela dessa integração, mas como cada empresa tem o seu, e investiu para ficar com a “sua cara” a proposta destes é sempre ficar dentro de sua cota responsabilidade, limitada a poucos pares de clientes e seus principais fornecedores e no escopo dos processos logísticos e cadastros localizados. Ficam de fora boa parte das regras fiscais, contratos comerciais, crédito e pagamentos, avaliação de risco, demandas cartoriais, certificações de entrega e qualidade; feitas de forma paralela e manual, tornando o fluxo operacional mais lento, obscuro, caro e falível.

Podemos citar várias características dos sistemas atuais que impedem a melhor integração dos processos:

  • Cadastros de produtos e clientes – cada empresa tem o seu e faz um “de -para” para conciliar seus pedidos e faturas – perda de qualidade das informações e erros operacionais;
  • Regras comerciais e logísticas programadas de forma diferente em cada sistema – disputas por desconhecimento ou enganos tratados de forma manual apartada;
  • Constante troca de e-Mails – retrabalho para conciliação manual – lentidão e falhas;
  • Versão da verdade desatualizada – atraso em processos e aumento no tempo de ciclo;
  • Interfaces ponto-a-ponto – tradução de formatos – dependência de terceiros – baixa flexibilidade para novos entrantes – não escaláveis – sem devida proteção ao risco cibernético;
  • Custos adicionados pela imposição de formatos e ferramentas usadas pelas grandes corporações;
  • Fluxos financeiro e fiscal apartados – conciliação complexa – fluxo reverso dificultado;
  • Gestão de fluxo dependente de pessoas e processos manuais – lentidão e falhas;
  • Baixa visibilidade do processo de ponta-a-ponta;
  • Baixa colaboração em caso de erros ou rupturas no processo.

Virtudes da Cadeia de Valor integrada com Blockchain

Com a adoção de plataformas comerciais apoiadas em Blockchain conseguimos vislumbrar uma forma nova de executar a cadeia de valor:

  • PEDIR: Informação da necessidade de consumo ou reposição, aprovada, agregada, postada e atualizada pelos clientes a cada etapa, visível em tempo real a todos de sua cadeia de valor, propiciando melhor visibilidade das demandas e condições desejadas;
  • NEGOCIAR: Regras e contratos padronizados, políticas comerciais flexíveis e uniformemente aceitas e refletidas nos sistemas de cada participante, usando contratos inteligentes (smart contracts) e permitindo novos players e maior competitividade;
  • ATENDER: Condições de venda, dados técnicos, atendimento, produção, compra/revenda, transportes, armazenagem, recebimentos, devoluções, dificuldades, ajustes feitos, reversões, … 100% alinhadas às necessidades postadas e assinadas eletronicamente por todos os agentes da cadeia de valor, por menor que seja esse agente (um prestador de serviço, um consumidor, um órgão fiscal regulador, …);
  • LIQUIDAR: Créditos, pagamentos e transferências de valor realizados de forma sincronizada com o fato-gerador, usando as moedas, meios de pagamento e novos mecanismos de compensação financeira diminuindo tarifas e overheads;
  • CONTABILIZAR: Faturamento, Registros contábeis e fiscais, além do Livro-razão de cada um dos players 100% conciliados com as transações de “ida-e-volta” em toda a cadeia (cópias imutáveis e distribuídas da contabilidade); e
  • ACOMPANHAR: Workflow de cada etapa gerenciado de forma on-line por uma plataforma (e não por uma empresa), com visão única das transações e status a todos os participantes.

A adoção de Blockchain se dará obviamente na medida em que as empresas percebam sua viabilidade e justificativa, experimentem os benefícios que a tecnologia sugere, promovendo o controle e acesso à informação de forma mais democrática e abrangente, maior segurança, transparência, confiança, flexibilidade, reduzindo custos, permitindo maior alcance a empresas, mercados e novos modelos de negócio. 

Para que isso seja realidade é essencial que as empresas, governo e cidadãos trabalhem juntos para:

  • Buscar consistentemente uma operação mais eficiente e focada no cliente, beneficiada pela sua integração e execução mais inteligente (a lista de oportunidades é farta!);
  • Conhecer e incentivar as plataformas de Blockchain, que estão se formando, avaliar sua viabilidade e promover o engajamento adequado; e
  • Construir planos de transformação que aproveitem e potencializem o que de melhor as soluções já implantadas e consolidadas já oferecem e torná-las mais digitais, considerando a adoção de Blockchain, e ainda combinando com outras tecnologias de inteligência Artificial, Processos Robotizados, Mobile e Cloud.

Por Paulo Eduardo Corazza

Leia também: Devemos investir primeiro nas ““necessidades” ou nas “possibilidades”?