Erros da Logística Empresarial

Os 9 Erros mais comuns da Logística Empresarial

Erros de logística dentro das organizações são responsáveis por diversos prejuízos financeiros, além de perdas de oportunidade e até mesmo cancelamentos de contratos.

A falta de planejamento das operações podem gerar problemas como baixa de veículos por falta de manutenção, falha no cumprimento de prazos de entrega, perdas de encomendas, falta de materiais, entre outros.

É necessário que as organizações fiquem atentas a erros previsíveis nos processos logísticos, pois se estes não forem evitados ou corrigidos a tempo, a credibilidade frente aos clientes e parceiros poderá ser gravemente comprometida.

Continue com esta leitura e veja 10 erros mais comuns da logística empresarial para se evitar.

1. Falta de um planejamento logístico eficiente

Os gestores tendem a deixar de se preocuparem com o desempenho da empresa quando os resultados estão bons. Essa atitude pode levar a problemas, pois o mercado oscila com frequência, inclusive por motivos que não se relacionam com o seu negócio.

Todo processo logístico abrange várias etapas, sendo algumas complexas. Um transporte, por exemplo, precisa de um planejamento de rotas para fornecer os melhores resultados com os menores custos possíveis.

E todo bom planejamento precisa contar com indicadores de performance (KPIs) e métricas claras para monitorar o desempenho do negócio, a produtividade, as vendas e a qualidade dos produtos e serviços. Diante deste conhecimento prévio é possível encontrar alternativas em períodos de baixa.

2. Baixo preparo da equipe

Um erro bastante comum nas organizações é se preocupar treinamentos da equipe de vendas, para aumentar comercialização de produtos e serviços. Porém, a equipe de logística também precisa estar bem preparados para atender os clientes e fornecer uma experiência de compra de excelência.

Os colaboradores precisam aplicar as boas práticas de gestão de estoque e ciclo de pedidos para garantir que tudo ocorra dentro do planejamento. O resultado da venda será negativo se o produto chegar ao consumidor com atraso ou com avarias.

Uma equipe capacitada domina as operações do fluxo da cadeia produtiva e realiza as atividades com eficiência e eficácia. Essas características elevam a satisfação do consumidor e possibilita a sua fidelização.

3. Falta de pontualidade no cumprimento de prazos

Este erro está intimamente ligado aos erros anteriores, mas devido sua importância, merece uma posição de destaque. A falta de pontualidade no cumprimento dos prazos pode ser tanto uma falha no planejamento gerencial quanto de na capacitação de funcionários, e é um ponto bastante crítico dentro das empresas. Por isso precisa ser encarado pelos diretores e gestores como prioridade máxima a ser resolvida, pois, caso não seja, a empresa colocará em risco a manutenção dos clientes e sua reputação no mercado.

4. Não investir em tecnologia e automatização

Os softwares de gestão logística reduzem e facilitam processos em toda a cadeia.

Assim é possível ter uma maior visibilidade dos dados e obter mais precisão nas informações, evitando erros, desperdícios, inconsistências, extravios, etc.

A tecnologia permite que gestores possam realizar ajustes necessários para garantir que os processos sejam executados adequadamente. Além disso, outro benefício está na segurança, possibilitando o monitoramento de cargas e consulta de envios e coletas em tempo real, garantindo a entrega.

Os procedimentos manuais são os maiores vilões do crescimento de uma empresa. Toda automatização que preserve a qualidade do serviço ou produto final merece o investimento.

5. Problemas de comunicação entre departamentos

Sem dúvida esse é um dos erros mais graves e que pode ocasionar muitos prejuízos. Quando há ruídos na comunicação entre diferentes setores de uma empresa, a possibilidade de uma atividade interferir negativamente em outra é maior.

É fundamental que haja sinergia entre todos os setores. O gestor deve trabalhar de modo integrado à sua equipe e a outras áreas, sendo um canal de comunicação direto. Além disso, é importante incentivar os colaboradores a exporem suas opiniões e compartilharem ideias. Isso aumenta o engajamento e a motivação.

A comunicação bem estruturada ainda evita maus entendimentos e falta de registro das informações.

6. Ter altos custos com atividades operacionais

As tarefas diárias podem consumir bastante tempo de profissionais qualificados para executar atividades mais específicas. Uma boa solução nestes casos é a terceirização. Contar com parceiros especializados nas atividades operacionais facilita a execução dos processos e permite criar outros mais transparentes, auditáveis e padronizados. O resultado é a redução de custos, o que leva a uma vantagem estratégica.

7. Falha na previsão de demandas

As empresas precisam prever a demanda de modo assertivo para evitar custos desnecessários por estoque excessivo ou escasso. É fundamental conhecer o mercado, bem como sua sazonalidade, e antecipar-se a informações sobre demanda ou retração.

A gestão do estoque é um ponto fundamental na logística e pode impactar o preço do produto e a lucratividade do negócio de modo significativo. É necessário contar com um controle de entrada e saída de itens bem estruturado.

Para isso, é necessário estudar os relatórios de vendas e identificar os produtos e serviços com maior e menor giro. Essa avaliação também permitirá analisar os clientes que diminuíram as compras na sua empresa. Assim, será possível tomar medidas para reconquistá-los.

8. Não controlar rigorosamente os custos

É de fundamental importância acompanhar de perto os custos operacionais. Dessa forma, é possível identificar se alguns dos custos podem ser reduzidos, sem que prejudique a qualidade dos serviços oferecidos. Por exemplo: redução de horas extras da equipe ou minimizar o uso da frota.

9. Ignorar os resultados

Complementando o que foi dito no primeiro item dessa lista, sobre os gestores tenderem a deixar de se preocupar com o desempenho quando os resultados estão bons, mensurar estes resultados em qualquer circunstância possibilita identificar ajustes necessários que possam ser executados, seja para corrigir ou otimizar processos.

Analisando esses 9 erros da logística empresarial, fica fácil identificar o que é necessário para que sua empresa atinja resultados mais eficientes.

E a sua empresa, comete algum desses erros? Se a sua resposta é sim, precisa mudar os processos agora mesmo!

Uma consultoria empresarial pode ser a resposta que você precisa para não comentar mais erros, ou evitá-los. Fale com nossos consultores!

Supply Chain e Logística

Qual a diferença entre Supply Chain e Logística?

É comum a confusão entre os conceitos.

Apesar da expressão inglesa “Supply Chain”, ou “Cadeia de Suprimentos” em português, ser um conceito relativamente novo, ela tem sua origem no surgimento da logística como objeto de estudo em 1950.

Enquanto a logística tem seus esforços concentrados no transporte físico de mercadorias e em todo o suporte necessário para que isso ocorra, a supply chain vem com uma visão mais ampla, planejando todo o fluxo do produto e sua relação com o negócio e os clientes.

Quer ter uma ideia mais clara sobre essa diferença? Então continue lendo este artigo!

Afinal, o que é a Logística?

Basicamente, a logística é responsável pela movimentação dos produtos de um lugar para o outro e por toda a documentação ligada a esses processos. Tem raiz na Era Napoleônica: época de guerra que necessitava da locomoção de bens militares e de suprimentos. Evoluiu ao longo dos anos para lidar com a dinâmica dos produtos da empresa até o consumidor final.

Essas atividades, portanto, passaram a englobar não somente o transporte em si, mas também a análise estratégica para definir os meios mais eficientes e adequados a cada tipo de produto, o uso das tecnologias de transporte e rastreio, gestão de riscos e o controle de cargas e descargas.

E o que é Supply Chain?

O Supply Chain representa todas as atividades de compra de insumos e produtos, transporte, estocagem, infraestrutura, transformação, embalagem, gerenciamento interno, venda e distribuição aos clientes e até mesmo a processos relacionados à criação de novos produtos, atendimento ao consumidor, controle financeiro e ao marketing.

O conceito da cadeia de suprimentos cresceu a partir do campo da logística nos anos 1980 como um processo mais estratégico, abrangendo todos os aspectos de como as empresas fornecem matérias-primas, produtos de manufatura e distribuição para revendedores e clientes.

Logística é parte integrante da Cadeia de Suprimentos

De modo geral, a logística inclui:

• Transporte de entrada;
• Armazenagem;
• Transporte de saída;
• Execução;
• Logística Reversa;

Enquanto o Supply Chain Inclui:

• “Logística”;
• Fabricação;
• Compras / Aquisição.
• Planejamento de demanda;
• Planejamento de fornecimento;
• Gerenciamento de estoque;
• ERP;
• Melhoria contínua;

E quais são os benefícios de uma gestão eficiente de Supply Chain?

Dentre muitos, podemos resumi-los em três: redução de custos operacionais, aumento de receita e aprimoramento de serviços.

Não é à toa que a supply chain tem alçado um papel estratégico de suma importância nas organizações.

Gostou deste artigo? Gostaria de acrescentar algo eu tirar alguma dúvida? Deixe um comentário!

E não esqueça de assinar nosso blog para receber novas publicações por e-mail.

Também estamos presentes no facebook e linkedin.

Transformação Digital

Tsunami de Possibilidades

Devemos investir primeiro nas ““necessidades” ou nas “possibilidades”?

Por *Paulo Eduardo Corazza

Tempestade Perfeita – O rápido surgimento de novas tecnologias modificam demasiado nosso ambiente de negócios criando o que se tem chamado de “tempestade perfeita” (ref. livro The Perfect Storm , lançado em 1997, quando o uso da expressão se intensificou, aplicando-se a qualquer evento em que uma situação é drasticamente agravada em decorrência de uma combinação excepcionalmente rara de circunstâncias).

Tempestade significa tormenta, uma chuvarada de novos problemas a serem enfrentados, sem dúvida, e o uso potencial dessas novas tecnologias e práticas criam enormes desafios recheados de dúvidas, tanto para quem é de tecnologia como muito mais para quem é do negócio.

Essa tempestade no caso é formada pelo avanço das tecnologias como Mobilidade, Internet das Coisas (IoT), Cloud Computing, Analytics, Inteligência Artificial, Blockchain, Computação Cognitiva, 3D Printing; e quando combinadas criam um novo universo digital para pensar e atuar.

Olhando pelo lado positivo, criamos o mundo das “possibilidades”. Abrem-se novas oportunidades para questionar e melhorar a forma como as coisas são criadas e consumidas hoje em dia e para o futuro. Um novo conjunto de demandas surge junto com o desafio de como iremos atendê-las. É uma nova agenda a ser mantida.

Campo das Possibilidades

Para tentar entender o que seria essa agenda de inovação, precisamos refletir sobre alguns pontos de nosso ambiente de negócios pensando nas possibilidades:

  • Seria possível levar o negócio para novos e promissores rumos e/ou a patamares mais altos?
  • Pensando no Cliente, se pudéssemos “ouvir literalmente” o cliente e efetivar uma venda de ponta-a-ponta por canais digitais, isso aumentaria sua satisfação e as vendas?
  • No âmbito industrial, seria possível evitar perdas de produção a partir de sintomas das linhas de produção? Seria possível “conversar” com as máquinas como os médicos fazem com seus pacientes? Há como ‘vacinar” as máquinas para não pararem?
  • Será que eu, como Gestor, sei que as regras do negócio foram corretamente aplicadas?
  • Como posso inovar mantendo ou arriscando pouco o que já conquistamos? Quais mudanças podemos fazer já? Quanto custaria? De onde vou tirar orçamento para isso?
  • Devo “pagar pra ver” ou “o fornecedor tem que investir primeiro?”
  • Devo usar start-ups para surfar essa onda de experimentos sem atrapalhar meus projetos ?
  • Como conduzir a integração dos experimentos que deram certo com meus processos atuais (e “antigos”)?
  • Como dar dimensão corporativa e fazer com que os projetos experimentais ganhem escala?
  • Minha empresa, os executivos e as pessoas da operação estão preparadas e capacitadas para essa transformação?

Muito provavelmente estas perguntas nunca foram feitas internamente ou várias ainda estão sem resposta. Pensar em inovação apenas como resultado de uma tempestade parece algo negativo, não faz sentido em si, muito embora as dores de cabeça de muitos executivos só aumentam quando se tem que falar sobre investimentos já conhecidos disputando espaço com a inovação numa mesma pauta. De qualquer forma essa agenda de inovação é importante e precisa ser considerada.

Investir nas Possibilidades

Os investimentos em capacitação pensando primeiro nas “necessidades” ou nas “possibilidades”?

O investimento “de sempre” foi feito para criar capacidade de operar o “core business”, suportar decisões de necessidades que já sabemos, seja para hoje e para um futuro previsível. Exemplos disso são projetos de atualização das aplicações empresariais (ERP), na automação de fábrica ou de lojas, comércio eletrônico e sistemas analíticos, focados quase sempre em manter ou melhorar a eficiência e expandir mercados e vendas. Cabe lembrar que eficiência sempre tem um limite: 99,99% e aí para.

O orçamento de investimentos TI e de Negócios são anualmente definidos separadamente, conhecidos e sempre sob pressão, pois estão atrelados aos resultados potenciais ou reais de negócio. Se vão bem, tem dinheiro, se vão mal, bem… “segura a mão”. Mesmo assim, tem sido difícil decidir onde investir mesmo quando sabemos ou prevemos os resultados.

Ocorre que, na maior parte das empresas que consideram inovação importante (e são poucas!), ela aparece como uma agenda paralela aos dos projetos tradicionais e quase sempre de responsabilidade de TI e ela quase sempre perde prioridade, não está no orçamento. Nem de TI e nem do Negócio.

Mas deveríamos ter um orçamento de inovação para TI e outro para o Negócio? Deveriam existir agendas separadas para inovação e a tradicional, que toquem os investimentos de negócio mais tradicional ? A resposta para isso é que a agenda deve ser única.

Agenda de Transformação Digital

O que parece estratégico e urgente é conhecer e testar essas novas tecnologias já – ou o quanto antes – para criar possibilidades de revitalizar o negócio ou até modelos inéditos e disruptivos. Isso irá induzir novas necessidades a serem atendidas (que ainda não sabemos quais e nem exatamente como), criar novas capacidades, modificar ou descontinuar práticas e recursos. E fazer isso antes dos concorrentes, obviamente.

O exercício obrigatório dos executivos de TI e de Negócios é entrarem juntos nessa tempestade perfeita que está em curso. Há que se destinar uma pequena parte do “investimento core” para projetos de inovação, mesmo sabendo que o pay-back muitas vezes será de difícil comprovação. Estamos inseridos no contexto global e essa tempestade vem em forma de “tsunami” destruindo as “casas mais frágeis ou despreparadas”. Por aqui no Brasil, nesses tempos de crise e de baixo crescimento, sobra pouco para explorar possibilidades, assim precisamos ser ainda mais criativos e colaborativos.

Deve-se aproveitar que os recursos tradicionais sofrerão revitalização em algum momento e parte desse orçamento pode ser revisitado. Podemos sim contar com a ajuda de grandes fornecedores e start-up´s interessados em desvendar novos caminhos, mas a empresa deve ser líder dessa transformação, e não ficar dependentes de sua boa vontade, pois não construiremos o nosso caminho, não veremos a transformação acontecer de verdade.

Uma forma correta para unir forças é ter uma Agenda de Transformação Digital, única, da empresa e não de TI. Essa agenda deve trazer a inovação como bandeira, juntando orçamentos de TI e Negócios, conduzindo ações estratégicas que busquem investigar possibilidades, atender necessidades, manter e criar novas capacidades, expandido pouco-a-pouco, como numa jornada. Essa jornada deve ser percorrida de forma conjunta com visão única de médio e longo prazos; mas com ações simples, de curto prazo e de baixo investimento que mostre caminhos para viabilidade, mas sem compromisso de pagar a conta da jornada toda logo de entrada.

Um fator crítico de sucesso além de ter a agenda clara, é realizar uma gestão integrada. Estes projetos não são projetos de TI e sim do negócio. Deve-se fazer uso de métodos ágeis e criativos, que coloquem todas na mesa sala, buscar engajamento top-down e bottom-up, consumindo investimentos com menores riscos que permitam redirecionamento em função dos resultados; buscando objetivos de sustentação e de expansão das fronteiras das empresas e dos negócios. A hora da Transformação Digital é agora. Tsunami à vista.

Sua empresa já tem uma agenda assim ?

*Autor: Paulo Eduardo Corazza – Consultor em Supply Chain e Transformação Digital. – Nov. 2018.

Leia também: Indústria 4.0 – Por que precisamos nos reinventar?